segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Você Que É Doida,
seus silêncios não me estão agradando.

domingo, 20 de dezembro de 2009

que inferno querer filmes violentos e românticos ao mesmo tempo. nada possui-me como uma vontade de devorar poemas alheios porque dos meus já estou farta.
acredito não convencê-lo(a) já que não páro em publicações unicas.
pretendo escoar minha produção da cabeça tagarela. mesmo que não tenha sentido algum para quem lê de fora de minha mente, alma. tanto faz.
o que me ocorre são dedos rápidos, novamente com medo da fuga de palavrinhas serelepes que nem pela boca passam!
nem gritarei todas elas para que sejam ocultas.
não tenho medo da baixa audiência. estou aqui para desabafar.inclusive gosto que não venham aqui.
como foi confortante acreditar em nenhuma visita. poderia eu dizer qualquer pensamento? não... os tempos são outros e há coisas que só a cabeça sabe guardar.
eu não sei onde guardei a cabeça então desatei a falar besteiras.
besteiras produto de um certo domínquo entédiculo.

vomito 3

e agora eu digo: pulo!
pulo de uma pedra que aleija um e mata outros. pulo pulo e pulo outra vez
até que me sangrem olhos. de uma violência insaciável para comigo mesma.
me jogo outra vez até estar coberta de sangue
porque não sinto mais dor. a indiferença toma-me a cabeceira.

ludecaca

não aguento isso de escrever verdades puras mesmo que apenas conscientadas.
não aguento isso.
calu não me surge mais com poemas de histórias dela. e tudo já se transforma em mim hoje em dia,
calu não me faz mais aparições e sinto-me inclusive perdida, não sei mais pontuar frases e acredito que nem interrogações me são de serventia. não exclamo nem debruço.
estou num nó de mim sem fim. e calu me falta porque sabe que tem um recesso a caminho.
volte, meu bem, volte.

como se eu publicasse num blog

Se chover eu juro me tranco do lado de dentro do mundo.
se chover eu juro me destranco por dentro de mim e finjo que sou de órgãos soltinhos.
se chover eu juro que não me obedeço a nada ou me boicoto, crio a verdade para a minha própria beleza sonhada, inerte no momento.
eu juro eu juro eu juro
eu juro tanto que nem mais me acredito, não aceito qualquer desculpa, não quero nada que não seja reaproveitado.
vou reciclar uma velinha que já apaguei na noite anterior. se ela já desfez, que faz?
sobra o pavio de mim. sobra o pavio de mim.
à espera de uma cama sem fim, deito-me no chão. deito sem ansiedade de cama alguma. quero sentir melhor o enjôo de todos os dias.
se como é por ansiedade pura. nem estou com fome e logo ataco um cachorro. e admito que me desobedeço em pensamento.
sabe o que eu tô fazendo? tô tramando idéia aqui dentro.
idéia mais do monstro que nos come de um bocejo: o tédio.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

meu tórax rege o mundo. a bateria daqui de dentro manda elétrons e protons. meu calor faz evaporar a água e chover.
a música que eu ouço faz chover. frequentar a terapia faz chover. sempre
e tudo isso bate no meu tórax com força, meu colo, meu peito, meu coração, meu pulmão.
as coisas batem ali. quando não batem eu sinto doer o estômago.
e quando batem não é bem dor. é a vibração da música que parece estar dentro do meu peito.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

insensata vividez

hoje acordei meio morta.
Ou meio viva?
Não sei de que lado é mais meu meio.
menos viva do que morta?
Mas meio é dividido igualmente, metade-metade, tanto pra cá, quanto prá lá. Dessa forma, estou tanto meio viva quanto meio morta, ou metade morta, metade viva.
Na verdade um cansaço abstinente de quem não morre há muito tempo, e fica só tentando. e tremendo. começou a chover e tudo apodrece lá na cozinha.
estou fazendo um drama defúntico, só pra não desperdiçar. de fato estou calada, de fato estou cansada, de fato quero morrer um pouquinho e voltar.
Mas a verdade é:
a parte morta está meio viva e a parte viva está meio morta.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

tpm aflorada

Tudo o que você quer de mim...
não digo o que você quer, nem quero te dar idéia. tenho raiva de me fazer desmanchar como se a cada ponto perdido meu, é um ganho seu. e me sinto grande quando eu percebo que é só amor, porque te sinto grande quando acho que é só amor.
mas é aquela coisa: eu sempre lembro do que eu sinto de verdade e lembro também de tudo aquilo que me fez só lamentar...
não sei, amor, não sei. porque insistir em me querer? não tenho nada que lhe caiba. tudo é incompatível e o que é seu nunca foi meu - e o que é meu nunca foi seu.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

prece

Às vezes, como o puxão de um vulto habitante de bueiro, me sinto arrancada do chão e começo a viajar pelo passado... algumas músicas ainda me ajudam a fazê-lo e sinto a ligeira impressão de não ter sido esquecida, em um sentido negativo da coisa.
sinto como se o passado nos prendesse numa mentira sem fim, onde talvez as coincidências e os 'em comum' não passassem de uma brincadeira que nos levou à mais séria das situações.
não adianta me vaguear, tentar mentir e furtolhar pra mim.
mas não encaremos o fato e deixemos como está, talvez o drama faça bem para nossas vidas, que ficam estagnadas sem nós dois...
ah, inconfidente ilusão

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Aqui pra vocês

Cansei! Cansei de todos vocês, amores platônicos! Num tédio profundo e calorento no princípio veroneio, eu can-sei!
Palavras como Farta caem bem no meu discurso e digo mais: nada de poemas ou inspirações que os venerem! Está tudo acabado entre nós!
Talvez... (não, essa palavra não inspira confiança)
Nesta nova era de meu desapego a tudo, menos a mim, estou certa de que nada me fará amar platonicamente as mesmas pessoas que já amei desta forma.
E tenho dito!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

você some como um marido bêbado na noite interminável!
e eu forjo toda uma rotina pra poder te procurar.
Ei! como sinto a sua falta... não sei porquê, acho que está triste...
enfim

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

hipnosis

Hipnotiza.
É por isso que eu não tiro os olhos de meduza dos seus. é por isso que a gente congela e vira pedra quando se vê. Um raio vermelho intenso perfura os meus, saindo dos seus. e provavelmente vice-versa, porque você também não pára...
quando dizem: é um caso perdido, uns 20 anos atrás e as crianças da sua idade corriam e brincavam na rua. ele o fazia.
E quando o dizem, eu só lembro dos olhares súbitos e nem quero mais nada... há algo em só olhar que me deixa num estágio acima da paixão.
É algo inexplicável por qualquer boca, que não quer beijar. É uma questão de olhos, apenas.
O que será, então, senão hipnose?

domingo, 8 de novembro de 2009

às vezes eu acredito no sentimento alcoolico. claro que no dia seguinte eu percebo que menti pra mim mesma.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

inspiração

Pela primeira vez ela percebeu que assistiria ao começo de uma "aguada". Sempre quisera participar de um começo tão interessante, o começo da relação homem-chuva.
A mãe chamava: vá terminar a arrumação, pare de enrolar, Menina!
mas a Menina não escutava dessa vez, e da janela olhava o prefácio:
um céu claro como se o sol houvesse se despidido há pouco, onde nuvens muito brancas passeavam sem pressa. Nuvens tão brancas, que parecia haver uma lua cheinha ali por cima delas. Mas não, essa claridade em plenas 19:30 era só prenúncio da Coisa Esperada.
O céu que estava limpo em cima da Baía continuou limpo, e apenas acima de sua cabeça a Menina via nuvens mais escuras dançando com as brancas, aquelas por baixo destas mais pareciam imitar os seus contornos, como se estivessem em performance de nado sincronizado.
Tanto elas nadavam pelos céus quanto a Menina se hipnotizava... mais e mais.

De repente, um clarão. E a aflição subiu pelos pés e levantou seus cabelos: ela estava diante do princípio; o princípio inexplicável do paraíso infernal que pode reinar sobre a Terra sem que os homens consigam escapar ou dizer não.
Outro clarão e ela estava extasiada, esperando mais e mais. Porque nunca havia visto relâmpagos acima de si. Sempre na diagonal, sempre na diagonal, era como via os relâmpagos, raios e trovões.
Olhando ainda pra cima, a esperada temporada micro de uma chuva de verão começou a chegar. viu o primeiro pingo ao seu alcance, como se pelo tanto que ela esperou estava sendo recompensada com um olá dos céus.
E a chuva caiu brilhando, não só pela magia do momento, mas também pelos reflexos das lâmpadas acesas em volta.
"Menina, volte pra faxina" e a menina não hesitou em hesitar para sair da janela, mas também não demorou e voltou a limpar seu quartinho.
Nos olhos da menina só havia marca das gotas, que a deixaram encantada pelo resto da noite... ou até que a morte (não) quebre o encanto de uma espetacular chuva de verão.

domingo, 1 de novembro de 2009

'cartão'

Este sentimento é pessoal e intrasferível.


A poesia às vezes é brega.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Hoje eu me lembrei disso aqui e tudo o que me veio a cabeça foi reclamação e dramalhagens...
me veio que tudo o que eu escrevo se parece esfarelar, me veio que parece não ser tudo tão verdade. e era tudo verdade.
o que passa? a verdade vai se desfazendo até acabar?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mar

Tudo bem, eu só precisava ver um pouco daquilo que eu me proíbo pra poder me saciar de ficar lembrada...lembrada de que o que eu sei que é verdade é e ninguém mais precisa saber. Quem quiser saberá e quem não quererá? Um dia todo mundo descobre que quer.
Descobre que quer fazer quem nem gente.
Descobre a si mesmo, (mas não esquecer de continuar querendo descobrir mais)
Descobre que dos outros muito resta e que não há espaço para desilusão.
Descobre-se que o mundo está cheio e vazio.
E até mesmo se lembra de descobrir o outro mundo que não deixamos de conciliar em vida terrena.
aquele que é um mundo a parte, e eu ando percebendo dessas coisas.
e enxergando a vontade de conhecê-lo, mesmo temendo perder o juízo lá embaixo.
observar apenas o céu como quem espera que caia um treco de lá... mas tem quem prefira cair no outro mundo...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

caminha

o que houve o que houve eu não sei...
percebeu que choveu choveu par de 3 dias seguidos e caiu o mundo pra poder nascer o sol outro dia. outro dia de ontem que eu nem pude ver o sol.
mas hoje o vento é mais quente e o meu pântano particular pretende virar um quarto outra vez, e a casa inteira volta a ser casa.
me tranquei no pântano porque ele está com mania de me trazer fertilidade. não só de ideias, mas também de coisas novas que não fazem parte do eumeu.
e esquecer as falas, e errar as músicas, isso não é páreo pra felicidade. que no certinho não deu certo, não veio direito. mas naquele dia eu me larguei e não dormi pra poder fingir brincante e fui de embalo.
não sei se tá fácil de compreender mas tá tão fácil dizer. é disso tudo que eu tô pensando e falando que eu tô sentindo o sol bater e esquentar, fazer txxxx quando bate nessas ideias novas e faz caminhar...
não importa da onde vem a energia e o calor, e até que o sol é maravilhoso quanto a isso. (só preciso dos sol então)

sábado, 26 de setembro de 2009

só queria falar um pouquinho

gente, a dor de pensar/escrever/falar sobre algo que incomoda, que é urgente e até um pouco íntimo, é realmente uma dor, além de conceitos psicológicos, é algo físico que ataca no peito, exatamente no entre-seios.
não vou divagar sobre a dor de soco que estou sentindo, não vim aqui para dramalhar.
Falo de algo que me faz só querer fazer uma coisa: assistir o meu filme predileto, sem ter noção de quantas vezes eu vi aquelas cenas... de um filme nem tão bom, com atores figuras-fáceis do cinema americano. Mas se trata de um livro em formato de filme, e talvez se trate um pouco de pessoas que não cresceram, mas isso talvez nem seja tão explícito, de forma que eu percebo isso também pelas roupas que eles usam desde criancinha. lembra quadrinhos... e tem um ótima fotografia.
quem vai me dizer que eu acabei de mudar de assunto? acho que a frequencia de mudar de assunto está aumentando...
enfim, não quero dramalhar, vou deixar isso pra quinta-feira.

sábado, 19 de setembro de 2009

pequeninas

se meu medo é um desejo, porque, então, sou de ficar me escondendo atrás de esperanças?
em cada fotografia que eu tiro você se entrelaça nas sílabas.
e em cada palavra escondida na paisagem (qualquer) está sua boca para soletrar.
se eu me confundo toda em ordenação de palavras é porque a inspiração não cabe no meu vocabulário, é porque vocábulo é uma palavra mínima e você é gigante.

e eu sou muito pequena para as palavras cabíveis. e eu sou muito pequena para achar que sei falar.

essa textalhada toda é só gugu-dada.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

rima para nenhum de nós

minha palavra rima com a sua
quando você escreve
eu fico nua;
se você desiste
eu falo sério;
e se você resiste
à histeria
da minha voz,
à calmaria
do meu após,
eu, deletério,
fico a mercê
de um simples som estéreo
pra poder ouvir o eco
do poço algoz
daquilo que pode ser considerado nós.

rond de jambe en l'air

o combustível da minha respiração não é oxigênio.
o combustível da minha respiração são palavras que só dizem coisas do mundo e coisas do meu mundo.
porque este combustível é produto das mãos e da ca be ça de outrem, que não diz que diz pra mim; de outrem que diz e diz.
e eu me calei até que uma dor me perseguiu em pleno plie. e a dor seguiu justamente o curso de suas palavras, mesmo que eu as tenha visto depois do nó que eu estou na garganta, ouvindo Olga Merson, que eu peguei da professora.
não me adianta tentar chorar aquilo que já intalou, estou enfezada da dor que entrou pela minha boca e não quis sair, porque ttteeem alguma coisa que sempre está lá/aqui.
só pra eu poder tentar chorar
só pra eu poder tentar dizer...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

olho, olho, olho

Foi quando eu vi o meu reflexo na janela do ônibus

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

pelo menos, a de eus

sexta-feira, 31 de julho de 2009

intenso

intenso como uma palavra. aquilo que é vago ou dito no momento da coisa. aquilo que é invenção para apenas se desculpar. aquilo piora às vezes. as palavras que machucam são intensas como feridas, ou como tirar a casquinha.
Não pude encontrar metáfora melhor. encontrar você é tirar a casquinha. porque sempre há de dizer a palavra proibida.
e eu preciso me proibir de encontrar você.

(o pior, não-metafórico e real: eu sempre tive mania de tirar casquinhas)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

eu só escrevôo (n)o que sinto. eu não minto. eu minto quando não sou eu sentindo.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

"Quero meu amor bem perto de mim, quero meu amor bem perto... Eu quero meu amor bem perto de mim... quero meu amor bem perto...
Estou só, sozinho, sem ninguém...
Matutando, caraminholas que eu fico pensando........"

Loba de uma mulher muito interessante

aquela história toda de amar o que não se tem. mulheres nunca estão satisfeitas, estranhamente. A loba que reconstitui todo o ser feminino. Eu chamo a loba em dia de qualquer lua, ou melhor, noite de qualquer lua. A loba está dentro de nós, não é? todas nós. Quando a harmonia de Marte me pede pra dizer xô a tudo aquilo que me des(cons)trói. A loba está em marte, reconheci o barba azul dos meus sonhos que me mata em todo fim. Eu vou matar o barbazul desta vez porque não nem o vejo mais quase.
Nem me interessa sua cara de humor ruim, de inveja dos que crescem. Quem tem essa doença é que não estica, alonga, nem tem cabeça grande de quem pensa.
pensa de mentirinha e só nos outros. um dia eu acordei com esse humor ruim de inveja. mas percebi tão rápido, né, (a)L? que a loba veio dentro de mim.
mas quando percebi fiquei putrificada, eu não quis nunca ter esse sentimento que o alho espanta e que otenove fora malote também.
e ai de quem entender tudo o que eu penso

está na cabeça de quem?

segunda-feira, 6 de julho de 2009

não quero saber

tenho sempre que fazer o que eu quero: hoje resolvi vir andando pra casa e vi o nascer da lua e o pôr do sol. foi só me deparar com ela que quis mesmo é estar à mercê de qualquer calafrio e perigo, sozinha por aquele caminho.
suei e senti frio tão ao mesmo tempo quanto vim pensando triste e feliz. o que eu sou ao mesmo tempo eu não sei. e em cada tempo eu sou uma coisa, que no outro tempo nem sou mais.
estou trocando de pêlo que nem cachorrinho, meus cabelos caem tanto que já contei 30 fios numa mecha só. estou trocando de pêlo e deve ser por isso a inconstância.
um dia li que a inconstância é simplesmente o desenvolvimento sendo construído, o perceber da mudança.
não quero saber o que ele é, o que eu sei é que sou ele e que o meu bom humor me acorda bêbada, e eu rio demais. vou ficando sóbria com o passar do dia e posso até entrar em êxtase por volta das 18h por causa dos pontinhos do chá ou então do pôr do sol e nascer da lua. e depois eu devoro qualquer coisa, pode ser até coração dos outros, quando meu humor se revela (sombrio(sóbrio)

sábado, 4 de julho de 2009

zum

dessa vez fui eu quem precisou fugir, fugir pra fora do mapa. porque fiquei enojada de mim. fiquei descrente de um futuro bom. fiquei com raiva de todas as minhas ações.
e quis ser uma bolhinha de sabão que sai pela janela, flutua um pouquinho... e se acaba.
essas minhas idéias de querer sair daqui, de querer não ser ninguém, de querer não ser. essas minhas idéias o que são elas? fruto do meu jeito de ser um tanto quanto frio na hora errada, um tanto quanto bobo e romantico na hora errada.
estou na hora errada, é assim que eu sinto.
e continuo feliz. tenho raiva e ao mesmo tempo sinto amor em mim.
sou uma eterna balança?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

grrrr

É de propósito que você não desenha mais?
É de propósito que você não desenha mais
Chego à conclusão e é por vontade própria; e sem vontade eu vou errando as palavrinhas na hora de escrever. esqueõ o agá, um errinho de digitação alio outro aqui. de verdade involuntária de errar.
Ma s você não, você não desenha de propósito que não quer sinalizar.
Quer esquecer que eu existo.
não ligo mais viu

quarta-feira, 10 de junho de 2009

li s ta.

eu pro me to
eu me pro me to
um: ver o pon to ridículo; não le var tu do tão a sério
dois: vol tar ao NOR mal. (isso eu juro)
três: não de sis tir, por favor! não desistir. nem do bordado.
quatro: ser do ce comquem não ne ce s sariamente m re ce.
cinco: não me im por tar mais. como já foi, como já fui. eu / outros.

terça-feira, 9 de junho de 2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Éramos.

não sei se amo ou odeio essas felicidades súbitas que vêm com a vontade de chorar de prazer. eu prometo juro que sinto muita luz saindo do meu peito.
eu prometo e juro que o gozo é perfeito no meio do dia quando o sol vem. ou quando eu ouço aquela música. ou quando eu como aquele peixe.
eu prometo que eu amo ficar sozinha e eu juro que amo ficar acompanhada.

Até que sou tranqüila de conversa? Até que sou tranqüila de vida. Cansada e calada? Animada e falante eu sou demais. ss s s s s
e sou reclamona mas depende do momento sim. Porque eu mudo hoje e desmudo amanhã, emagreço e engordo no efeito sanfona. Me arrumo pra sair e volto pra casa quando chego na portaria porque eu de sis ti de sair.
e isso é Tudo verdade.

o que é a Verdade? nem sei eu, nem eu sei. Me desanimo e animo e a força na mão continua na hora do medo das palavras sairem correndo de mim, pra outra direção que não a grafia. elas voam. e ficam no ar que eu respiro, às vezes não. Às vezes a janela de Murilo as chama e elas foooogem. hehe, elas têm vida própria sabe?

Tenho que levar na brincadeira sabe?
tenho que rir da platéia. tenho que chorar no quarto.
tenho que rir porque senão eu desespéro. e vem aquele riso desesperado de quem quer resetar e não sei bem o que eu quero agora.
como diz a L. eu tô realmente num período transitório. e eu tô mesmo num momento sem pólo. como duas de mim e nenhuma delas ao mesmo tempo.

e não tenho mais saudade de tempo nenhum! caramba que constatação. hoje o meu dia é um rio de prazer. mesmo na hora em que eu fiquei de mau humor porque a sandália arrebentou e por causa da bronquite e da alergia.

mas daqui a pouco o Japa chega pra saboreá-lo.

Quem sou eu?

quarta-feira, 27 de maio de 2009

dilemas e mulheres

Saudade das minhas inspirações de dias tranquilos, súbitas de velocidade na caneta com medo de que as palavras fujam da tinta. às vezes parece-me que elas querem fugir e tenho tanto medo porque é como se puxassem o ar de um balão de ar.
é como se eu não pudesse mais falar e então virasse passa, uva passa. murchinha.
Saudade das minhas inspirações porque eu tenho estado tão ocupada, tenho estado tão nervosa e acho às vezes que tudo está dando errado, e me vejo feia caída no chão. feia e ferida, ferida sangrenta daquelas.
Saudade então de quando estou calma e me vejo em praias nuas de gente. e eu nua de roupa; saudade então de quando penso no chá com pequenas sementes no meu comando de sopro. saudade da não fome por não ansiedade ai cacilda essa ansiedade sempre me alcança.
saudade que não é do que já passou, a saudade é mais de estar tranquila. quero descansar prolongadamente.
mas imagino que descansar sem estar cansada deve ser infernal.
dilemas e mais dilemas.
homens ou melhores
homens e mulheres

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Terapia

Cutucar a ferida escondida no fundo da alma;
fazer da ferida a palha de uma fogueira;
entristecer os olhos;
agitar por inconsciência da semi-conhecida questão;
tentar buscar no ponto médio do meu corpo o porquê;
ter preguiça, querer abrir mão, querer ignorar o porquê.
o porquê dói, e por isso é uma questão, e por isso é um problema.
é um problema que dificulta a vida.
é uma doença que tem que ser curada,
curada pelo remédio ato-de-cutucar.
limpar com álcool a recém-ferida dói muito.
cutucar o meu Porquê dói mais ainda

sábado, 16 de maio de 2009

porque

porque porque porque porque porque porque porque porque?
me internem.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Não fales nada, Passarinho.

Ofereço-lhe minhas frutas, Passarinho,
Minhas frutas e meus frutos.
De tudo um pouco, te dou nacos de abacaxi, moranguinhos, pedaços de melancia e passas.
Quando não te dou, já sei que vem bicando com esse biquinho de menino, vens e bicas minhas frutas, Passarinho, me rouba todas elas, com o meu consentimento.
Vem e sorri para mim, passa cantando, fingindo que só me quer frutas.
Eu também finjo que não te vejo, (faça tudo que eu desejo)
Eu também finjo e te olho de rabo de olho, Passarinho.
De rabo de olho e me molho de barro, fingindo ser bela pra você.
vou comendo as cenourinhas e ficando amarelinha,
porque eu sei que passas rindo, Passarinho.
e Só te dou frutas por isso,
para que passes sorrindo.

terça-feira, 5 de maio de 2009

jura

Mais sofro eu quando a faço sofrer. É algo que me rasga as veias dos pés à cabeça, sem que eu possa desviar da primeira facada.
Dor que dói lá no peito e na cabeça. Porque pareço injusta, mas sei que se me preocupar em ser justa só com ela, serei plenamente injusta comigo. e preciso cuidar de mim. cuidar do que eu penso e não poderei arredar o pé até convencer ou ser convencida, porque sou racionalmente uma capricorniana.
Posso fazer promessas e juras que só afetam a mim mesma: vou fazer o caminho da flexibilização.
vou agir.
vou usar os significados certos para as palavras.
eu te amo.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

chorei

a menina, sozinha em casa. a menina sozinha em casa pensando.
e pela primeira vez ela chorou. foi na cozinha e chorou.
foi na cozinha porque não tinha aonde ir.
foi na cozinha porque não queria voltar a dormir.
e então ela chorou quando botou o pé nochão de azulejo da cozinha.
não foi por estar frio, o chão.
mas ela chorou pela primera vez, pela primeira vez ela chorou e depois ficou estarrecida com o ocorrido.
porque havia chorado? seria então tudo um sentimento real?
não fora apenas coisa da sua cabeça todo aquele amor?
aquele amor não era só paixão, carência, falta do que pensar?
ai meudeus, era verdade e por isso eu chorei.
por sentir falta tua, digo, ela chorou por sentir a sua falta e saber que nunca ia ser saciada.
puxa, que tristeza não ter você pra abraçar. não quero tranformar isso num escrito bobo.
puxa, ela disse, não quero transformar isso num escrito bobo.
mas ela não queria saber de enxugar as lágrimas, porque seria como tapar o sol com a peneira. ela queria apenas dormir novamente. deitou-se no chão frio da cozinha e dormiu ali, até o dia seguinte

quarta-feira, 29 de abril de 2009

você me avisar

com um pé no tênis outro não, eu páro e penso que preciso pensar sozinha. digo isso porque fico confusa quando cada um diz uma coisa sobre o mesmo assunto (assunto que não teria que ter mais de uma visão). e me dá medo de escolher acreditar no que mais me atrai. acreditar no que é fácil. embora não seja tão fácil assim mesmo assim. isso tudo porque eu não acredito em mim mesma. não acredito na minha percepção da coisa, porque? não sei, venha me dizer! Por isso prefiro ficar quieta no meu canto e esperar.......

estou com pressa de tanto esperar. talvez se eu não esperasse tanto não teria pressa.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

conhecendo

hahaha, ok: às vezes a vida é que nem andar de bicicleta num dia de outono ensolarado. Quando um ventinho vem e penetra em todo o ser, e parece que a luz foi milimetricamente calculada pra que fizesse aquela sombra, ou então pra que o sol encostasse na pele, dando o quentinho aconchegante.
in cons tan te
preciso de um sinônimo... é... (bizarro) delicioso, requintado, excêntrico, jactancioso! a inconstância de um ser (não quero dizer que sou eu) que consegue sentir tudo ao mesmo tempo, entrar em plena ressaca moral, e logo em seguida reverter a cena de um mergulho na piscina de bolas pretas. consegue ver isso? eu consigo porque é exatamente o que eu sinto quando recebo bons resultados de pequenos esforços.
in cons tan te
hoje procurei waly e leminski, mas acabei achando ana cristina e abri as portas pro chacal, que sempre achei meio mala. Tá, mentira, ainda não vou muito com a cara dele, mas gostei muito de um poeminha:
'Vai ter uma festa que eu vou dançar.
Até o sapato pedir pra parar.
Aí eu paro, tiro o sapato.
E danço o resto da vida'

É bobo mas é fofo, e aí me deu saudade das minhas pequenas inspirações.
Me identifiquei com a.c. césar.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

para mim

Não sei bem, quero dizer o quanto eu escrevo pra mim. escrevo pra mim porque a minha vida é muito minha. e quero clarear poucas mentes que por aqui passam: pode bem difícil entender de fato o que eu digo aqui, a variante quantitativa do grau de nonsense é muitíssimo relativa. porrrtanto, nunca acheis que o escrito daqui é para ti.

saudade da melancolia julina.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Poema para dois amores

ah, que amor estúpido, sem paixão, sem carne!
amor de quem espia de canto de olho.
só esperando o outro-olhar vir falar sorrindo.
Falar com os olhos para a pessoa amada, que sonho!
Falar e sorrir com os olhos é igual amar o outro.
ah, que amor estúpido, que só espera a resposta certa.
e eu nem amo mais esperar entre o amor e o fogo, entre a vida e o fogo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

bonita

Te amo como Manuel. Porque meu amor é fraco! Fraco!
não tem bondade de amar aos feios. espero que o seu é que seja forte para que você possa assim me amar.
pois você é bela. bonita demais. é muito mais bonito escrever para as mulheres, só que você não é uma, não tem importância, vou fingir que é só pela estética.
pois você é bela, como eu ia dizendo. tão bela e tem uns olhos...
tão bela e tem seu jeito manso. tão bela tão bela que a minha vontade é simples: penetrar em todo o seu espírito. ser parte de você, e você ser parte de mim.
que inferno é amar você, meu deus.
menino-homem.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

esquema

Nesse dia corrido a maior vontade é a de parar e olhar. olhar o mundo olhar em volta
ver o movimento do mar que vai e vem com ou sem preguiça, às vezes não vem, mas ver aquela água toda dá uma moleza gostosa de quem quer dormir levinho. levinho como um grão de areia, é como eu me torno em descanso. estou comendo minha ansiedade de tanto ficar catorze horas pra lá ou pra cá, sem parar no meu cantinho. e hoje é sexta-feira já! deusinho, espero que esse tempo não voe demais nem chegue correndo no meu último dia porque tem muita água pela frente.

what can i say to you, bonita?
what magic words would capture you?

sábado, 28 de março de 2009

azul?

tão especial quanto um par de olhos que não faz par.
tão especial quanto os corpos nus.
tão especial quando eu foco em seus olhos,
e seus olhos não em mim focam.
se focam, mentem.
porque eu vejo uma luz para cada lado de olho.
cada luz de um olho mira um ponto. e eu só vejo azul e verde indo proutro ponto.
mas sei que na verdade não existe esse azul ali.
que cada pontinho azul do azul é da minha imaginação. mas sei que é marrom.
marrom não, mel.
sei também que todo miolo de peixe fica de sobra.
de resto nem sei.
emburreci, me embebedei da água errada.
como se existisse coisa errada, ou coisa certa.
não existe nada.
e nossos filhos

sexta-feira, 27 de março de 2009

pronto, mais fácil agora, obrigada viu? é bem mais fácil pra mim falar da angústia. vou falar então dessa porra que sai do estômago e pára no coração, dando uma dor insuportável. vou falar então porque você me proporcionou isso. que coisa mais maluca. eu achava que eu era a pessoa mais bipolar que eu conhecia. pois bem, não sou.
canseicansei.
é claro que estou feliz. mas cansada.

terça-feira, 24 de março de 2009

de lírios

Porra! que medo de nunca mais escrever! medo de não saber quais são as palavras que eu sinto, de não saber nem o que eu vejo, ver tudo de cor trocada, tudo de ponta-cabeça. medo de me perder em meio a tantos delírios. Sorrí! mas não sei se começo a rir só ou me fecho em mim, porque estou em delírios. Esse era um momento em que o normal seria criar e criar cada vez mais. mas não! eu não tenho regras, cara. isso é uma merda pra mim, que sou capricorniana. estou falando muito palavrão, não sento pra estudar, corro pra lá corro pra cá.estou em delírios. as emoções não cabem em palavras não mais. é difícil estar feliz, porque não dá pra escrever totalmente, a tristeza me parece mais conhecida.
mas eu vejo é eu própria debruçando sobre o mar. eu própria virando um peixe colorido. eu própria não só vivendo, não só amando.
EU ESTOU EM DELÍRIOS comigo mesma, com o 9. com o corpo humano com o meu corpo humano. com meus cabelos, com a minha cabeça, com o meu mar, ai esse então, tá sempre delicious, verde gostoso. quero abraçar o mar e você, quero abraçar o mar e você juntos e dormir assim colada nos dois.
e sentir o cheiro dos lírios que mamãe comprou. e conversar sobre o amor com papai. e sorrir tanto que a boca se abre sangra rindo. e amar a tudo, até o quibe de forno natureba que estou comendo. amar até o pedaço de chão e a mulher que passou com o filho embaixo da minha janela

terça-feira, 17 de março de 2009

que Sol

Quero justamente debruçar no mar justamente como ela fez no poema de Murilo. quero justamente debruçar da janela no meu mar calminho e azul, e verde. E debruçar de cabeça para baixo, e sentir as pontas do meu cabelo molharem, uma a uma. e depois sentir a temperatura da água no meu corpo, e sentir a roupa colar no meu corpo. continuando a descer, sem esforços até o fundo fundinho. dessa vez não vou boiar nua, pelo contrário completamente contrário. hoje estou com tanto calor, mas tanto calor que até o frio me percorre. acho que calafrio é uma mistura dos dois mesmo no nome. e então eu sinto mil calafrios quando você aparece, e, (in)felizmente esqueço tudo na hora em que você me chama. Que merda! Ela não gosta de se apaixonar assim. ela não gosta de admitir um amor, uma paixão. E você me ensinou a não ser eu mesma nessas horas de dizer o que sou!!! é tão ruim não saber

quarta-feira, 11 de março de 2009

Assim

Assim como as borboletas têm de voar, as portas têm de fechar. que porta eu quero fechar, eu me pergunto. seguro na barra com delicadeza, é apenas um apoio; enche a caixa toráxica, expandindo, contrai o abdome e põe a virilha lá em cima. 5 6 7 8.
do you use to hear my favorite songs? she says.

hoje está um longo dia de seguimentos de vida. estou toda cortadinha. preciso de uma cola. assssssssssssssopra.
e aí ao fim do dia caminhamos, como sempre foi, não é? A brisa fresca bate no cabelo, que bate na cara e insiste em tocar na minha língua. e meus dentes tocam piano, tocam no piano uma linda valsa. um filme passa atrás dos dentes e eu ainda nem sei o final, como não sei o final de nada, porque sempre calha de acabar a luz no fim de todo o filme.
Não quero que acabe a luz do fim do filme.

segunda-feira, 2 de março de 2009

please don't read this, boy.

Hey, ok. i'm pleased to meet you, yeah, ill always be.
really, when you said it, i just felt like a nightmare, duno why, honey
maybe just because it was nothing more than this that made us closer.
so far but so near, we're always like this.
so, ahm... i could use those songs, it would be perfect in my message, something like im lost without u and use me holly.
but no i cant just 'use' it. i wanted me to write those things, not mark, or tom.
but it happens. so
like violence you have me, forever and after.
please dont read this, boy.

domingo, 1 de março de 2009

Resposta

Olha, como eu não sei dizer, e sim vomitar palavras
vomitar de um jeito menos fácil
de um jeito mais pessoal,
eu prefiro, ao invés de só jogar as palavras em ti
colar uma por uma na sua face
ler o teu olhar lendo as palavras que eu lhe apresento.
talvez por não ser acostumada a ter em mim a marca da boa presença
da boa comunicação, da qualificada escritura
me surpreendo ao ver-te falando em como gostas de ler-me.
quando venho escrever e dou de cara com você, fico esperando nas suas palavras
uma aprovação. não sei até onde isso é bom,
mas além de escrever porque sinto que preciso, sabendo que você vai estar aqui pra ler, minha vontade sempre cresce. o que sei é
que não sei lidar com a aprovação, embora goste dela. (normal, toda relação é assim)
isso é muito confuso.
mas pela primeira vez eu consegui escrever algo bem objetivo nesse blog.
hehehe, beijos

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ele mandou guardar a salada eu disse tá, só vou escrever um troço e aí vai:

essa palavra qual grudou em você,
essa palavra ela não é menos que minha e mais do que céu
ela é uma palavra de cola, colágeno, fibra.
ela é um elástico, ela está grudada em você.

essa palavra que pula no carnaval
essa palavra que canta quando pula.
essa palavra que Leminski ensinou a pensar andando
"mais um passo e minhas pernas já estão pensando"
de tanto ler esse poema
a palavra lhe grudou
o que lhe quero é a palavra

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

nessa avenida

Que sede!
mas que sede é essa de tanto carnaval,
só pelo medo de morrer na quarta-feira,
e não mais dançar.
como se não houvesse amanhã depois de amanhã
como se não houvesse dia sem sair sem comer, sem sair e dançar, sem ter hora pra voltar.
quero ver o carnaval.
Que sede!
virou sangue que me percorre, virou ar imprescindível à felicidade.
vai passar,
já passou...
já passou meu carnaval, e quero que o bloco volte antes que acabe de acabar.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A água

água. muita água
olho pro chão e vejo essa água toda imunda.
me acho nascente, é de mim que escorre essa água.
que água é essa?
que água é essa?
água que pré-sente o sol, o amor
quanta água!
me esbaldo de tanto mijar essa água
rindo de desespero, rindo da desidratação
a água nunca pára de sair e minhas roupas estão todas encharcadas.
É água que desce ladeiras, desbarrancando a construção.
atropela os homens que não têm pronde ir.
atropela e afoga.
A água tá desesperada, vou me afogar também

domingo, 15 de fevereiro de 2009

crise de valores

dentro de cada barco há um tanto de mar.
no meu barquinho furado, pelo furo o mar se foi.
e se de mar estou vazia
hei de beber desta saliva salgada
para que assim não haja furo suficiente
que preencha esse mar de tanto ar dentro de mim.
eu beijo o mar
e estou acostumada com sua salgada saliva
só não me acostumo com a água fugir de mim
sem explicações.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

já que nada vive dentro

Era tudo mentira. só posso viver dentro desse corpo que me cabe, dentro desse corpo que me deram. cansei de procurar; migro de corpo a corpo e nunca me acho. então derreto e desisto de me refazer. e por isso falo tanto. porque nada disso há de estar em mim. porque dentro de mim nada existe.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

esquisofrenia forjada

acabei de descobrir!essa foi incrível: não preciso ser só eu mesma, posso ser outra, posso ser outras, posso ser todos juntos de uma vez. Posso brincar - e fazer isso com seriedade - de ser de mil formas diferentes, e quem pedir coerência pras minhas mudanças de personalidade vai ficar papando mosca! porque é muito mais interessante quando você não segue as linhas da sua personalidade. quer saber? sou de capricórnio mas decidi que vou seguir o jeitão de sagitarianos, ou de librianos, mesmo sabendo que como capricorniana que sou, nunca me dei bem com librianos que são. mas e daí, tanto faz, desde que só traga felicidade. Então, por favor, não me chame só de maíra. tenhos outros mil nomes. desde que sejam bonitos e expressem amor e felicidade. porque aqui agora no meu reino, reina a alegria e a beleza, e parar de sonhar é pra quem tem mais o que fazer. agora não, agora estou em off, em outro mundo, outro universo. sou eu, e sou você, e sou seus amigos, e sou meus pais, e sou os animais, e sou as flores e plantas e cores e amores.

domingo, 25 de janeiro de 2009

esclariando:

nem todo eu é sempre o mesmo e nem todo você é sempre igual.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

enfim, uma declaração de amor

Mas pra você não dá pra eu escrever. porque nessa receita não leva muito ingrediente, porque você nem nunca falou nada ou mostrou nada além do comum, eu é que passei na peneira pra escolher cada pedacinho do que pode significar amor. então essa sim é uma declaração de amor, só que você não vai saber da existência dela, e isso torna tudo mais fácil. porque aqui eu vou poder dizer tudo o que eu vou dizer mesmo um dia, e testar, hehe... então taí, eu te amo, stranger.

bom, eu acho que isso é uma declaração. Não de amor, é claro

Já reparou?
Que quando você pede eu falo, que quando você pede eu escuto? coisa que nem precisa ser pedida porque sou toda ouvidos a você. Hmm, é quase que nem historinha de vó pra dormir. Mas na verdade é ainda melhor porque faz um sentido imenso dentro de mim. Quando eu não tô inspirada e mesmo assim quero falar, eu penso muito no que eu já disse pra ti, e no que você já disse pra mim. Nossa... vem rapidinho uma inspiração.
Então eu viro aquele rio corrente, precisando é de caminhos pra fluir, e você deve ser aquelas pedras, que nesse caso, não atrapalham, e sim, traçam o caminho das águas.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

isso não é uma carta de amor

Sabe... quando eu olho tudo aquilo que você desenhou, e que eu sempre achei e sempre vou achar que é só pra mim - aquela coisa de mundo dentro do umbigo, sempre tive essa doença - eu sempre me acho melhor, eu sempre acho que pra você ter feito aquilo tudo pra mim é porque eu devo prestar de alguma forma, mesmo que os desenhos não tenham sido pra mim, eu insisto em crer que eu estou em todos os pontos das retas - tortas, curvilíneas ou de fato retas - dos traços da sua caneta ou nanquim, ou mesmo do pastel, da aquarela, e também da acrícilica, ou da óleo, sei lá. eu não só acho, como tenho certeza (o que não significa que é fato real consumado) de que eu sou tudo aquilo que você mesmo fabricou pra você, e pra mim.
eu não sei expressar o certo discreto, eu só sei me jogar daquele prédio pra você me ver, eu só sei acabar com todas as suas certezas da vida pra ser parte do que eu mesma acredito ser. eu devo ser uma espécie de auto-destrutiva psicológica, mas, porém, contudo, todavia, eu acabo levando você... não mais, na verdade, o que me tranquiliza. o que importa é: você importa-me. não o suficiente pra casar, e essas coisas todas. mas o suficiente pra poder abraçar você e destruir suas certezas.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

espero que ela venha, que ela venha.
quando me deito e peço para não sonhar
é só porque acordo exausta de tanto amor
e eu só quero que ela venha, juro!
e quando acordo e relembro tudo aquilo que se passou enquanto eu dormia
eu me lembro dela outra vez,
e fico esperando o sol brotar,
pra ver se ao dia ela chega.
mas sabe, acho que ela nunca virá.
se um dia ela voltou, nem por amor foi
foi pela vontade de ter alguém em seus braços
mas sigo achando que um dia ela volta
porque senão meu corpo enfastiado não arreda do consolo
e eu ranço, me torno vil, me desfaço e finda-me não só o amor,
como toda eu inteira.