segunda-feira, 28 de julho de 2008

pois me descobriste tão rápido que chego a sentir-me nua à frente tua e me escondo por não querer que vejas minhas extremas verdades, tais com quais me condeno. me sou condenada até a morte, talvez até para que eu melhore. mas o que me aflige e me traz insônias, é não saber como conseguiste puxar, tirar, arrancar, tão delicadamente, os meus sentimentos, trazê-los à tona, e moldá-lo como queres. não estou apaixonada, apenas te amo. e como se fosse um pequeno sentimento, o guardo pra mim, e ninguém o sabes... do jeito que só você pode alcançar o que não lhe digo, vai chegar à essência de mim sem que eu note, e entender meu amor pelo seu olhar, não pela minha fala.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

me deixem apreciá-la só!

não é possível que nem minha dor eu possa apreciar sozinha, egoistamente...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

acabo de me perceber dependente. Sou dependente destas tintas e canetas:
como não me conheço, teimo em me pintar de cores e palavras - pra ver se me acho.
As cores e palavras me abrem caminhos para meu enfim conhecimento de mim. as cores e palavras são armas preciosas e as utilizo para entrar na minha própria mata (in)consciente. sou dependente posto que não me considero eu mesma, própria, concreta e abstrata não me conhecendo como sou. Portanto busco tanto a minha essência. Portanto falo tanto em mim.

Estou em constante processo de descobrimento, sou um território inimigo para mim mesma, visto que não conheço minhas próprias armas, e deixo (insconscientemente) meu inconsciente reinar. quando me flagro assim, me pinto para me ver consciente. nem sei quando fico mais em paz.

terça-feira, 8 de julho de 2008

levanta-me, aurora

quando o ódio me toma, sei que sou irracional... mas algo me consome e por isso estou desgastada... canso, canso.... num degrau, subir fica difícil... dói-me a coluna, dói-me todo o corpo... me vejo sentada na cadeira ou deitada no sofá, simplesmente jogada, não cuido de mim... "estou tão cansada", digo o tempo inteiro... mas pera, não é ódio, é a pura melancolia que me sobe a cabeça, fervilhando o meu sangue, me levando à agitação; agitação tal que me cansa ainda mais. preciso de uma cura.

insisto em esperá-la... mas será que, na verdade, sou eu que tenho que me curar só?
é, acho que sim, mas é tão difícil, estou tão cansada!

domingo, 6 de julho de 2008

Preciso de um livro triste pra ler e não ter de explicar os motivos do meu choro e da minha melancolia... fácil é entender os que choram por motivos claros, e assim eu seria entendida e não seria perturbada... não acredito que não sejam capaz de entender minhas dores, eu é que não me vejo capaz de explicá-las... talvez eu não queira.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

morri sem você em outras vidas e tenho medo de me acontecer outra vez... estou incerta do futuro, e como já disse, tenho medo do futuro incerto... me dê certezas para que eu durma em paz, não me deixe solto ... sinto a falta de algo, estou caindo.......caindo..................meus olhos se fechando.....não mais vejo, estou confuso, estou difuso... estou vazia, estou cheia, caí sozinho, eu que me fiz de tola.
Eu que não me quis ver... eu que choro......eu que imploro.... eu que desmorono, eu que me fecho para mim.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

pois aqui estou, novamente em movimento constante dentro. tudo gira... estou perdida, e não tenho noção do futuro... algo em mim adora ter essa noção e ao não tê-la sente-se só... pois assim estou, em movimento dentro... e assim não queria seguir, sim mudar... mas nem sei se serei capaz: e se eu ferir alguém? como um punhal que entra vagarosamente e lhe tira o sangue... e se esse sangue for meu? e eu cair de novo em profundezas estranhas-sem-fim? que medo tenho de me deixar rolar... e (lhe ou me) tirar o sangue...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Agora, neste exato momento, às 12:44, se digo que estou fora de mim, saí do meu corpo, sobrevôo o planeta e flutuo em pleno universo infinito; é algo extremamente extasiante. Quando estava infeliz, saía de mim e ficava sem mim, subia-me a vontade de respirar como se eu estivesse sufocando. mas no momento, minha vontade de respirar é para captar todos os componentes desse bom ar que me cerca. estar fora de mim é não ver o mal, é não enxergar coisas ruins, sou alienada agora. e quero ser, quero ser alienada à tudo e respirar o bom ar. ponto.