Sabe... quando eu olho tudo aquilo que você desenhou, e que eu sempre achei e sempre vou achar que é só pra mim - aquela coisa de mundo dentro do umbigo, sempre tive essa doença - eu sempre me acho melhor, eu sempre acho que pra você ter feito aquilo tudo pra mim é porque eu devo prestar de alguma forma, mesmo que os desenhos não tenham sido pra mim, eu insisto em crer que eu estou em todos os pontos das retas - tortas, curvilíneas ou de fato retas - dos traços da sua caneta ou nanquim, ou mesmo do pastel, da aquarela, e também da acrícilica, ou da óleo, sei lá. eu não só acho, como tenho certeza (o que não significa que é fato real consumado) de que eu sou tudo aquilo que você mesmo fabricou pra você, e pra mim.
eu não sei expressar o certo discreto, eu só sei me jogar daquele prédio pra você me ver, eu só sei acabar com todas as suas certezas da vida pra ser parte do que eu mesma acredito ser. eu devo ser uma espécie de auto-destrutiva psicológica, mas, porém, contudo, todavia, eu acabo levando você... não mais, na verdade, o que me tranquiliza. o que importa é: você importa-me. não o suficiente pra casar, e essas coisas todas. mas o suficiente pra poder abraçar você e destruir suas certezas.
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Um comentário:
Não sendo carta de amor, digo que fez uma bela de uma não declaração de amor... Não sei explicar, mas se fosse pra mim, acredito que não resistiria a tais palavras. Mesmo que não sejam cobertas de juras e ainda no final digam que não carrega mais seja lá quem/ oque for... Acho que assim, torna tudo mais sincero e belo.
Ah, não resistira a não carta de amor =)
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