sábado, 28 de março de 2009

azul?

tão especial quanto um par de olhos que não faz par.
tão especial quanto os corpos nus.
tão especial quando eu foco em seus olhos,
e seus olhos não em mim focam.
se focam, mentem.
porque eu vejo uma luz para cada lado de olho.
cada luz de um olho mira um ponto. e eu só vejo azul e verde indo proutro ponto.
mas sei que na verdade não existe esse azul ali.
que cada pontinho azul do azul é da minha imaginação. mas sei que é marrom.
marrom não, mel.
sei também que todo miolo de peixe fica de sobra.
de resto nem sei.
emburreci, me embebedei da água errada.
como se existisse coisa errada, ou coisa certa.
não existe nada.
e nossos filhos

sexta-feira, 27 de março de 2009

pronto, mais fácil agora, obrigada viu? é bem mais fácil pra mim falar da angústia. vou falar então dessa porra que sai do estômago e pára no coração, dando uma dor insuportável. vou falar então porque você me proporcionou isso. que coisa mais maluca. eu achava que eu era a pessoa mais bipolar que eu conhecia. pois bem, não sou.
canseicansei.
é claro que estou feliz. mas cansada.

terça-feira, 24 de março de 2009

de lírios

Porra! que medo de nunca mais escrever! medo de não saber quais são as palavras que eu sinto, de não saber nem o que eu vejo, ver tudo de cor trocada, tudo de ponta-cabeça. medo de me perder em meio a tantos delírios. Sorrí! mas não sei se começo a rir só ou me fecho em mim, porque estou em delírios. Esse era um momento em que o normal seria criar e criar cada vez mais. mas não! eu não tenho regras, cara. isso é uma merda pra mim, que sou capricorniana. estou falando muito palavrão, não sento pra estudar, corro pra lá corro pra cá.estou em delírios. as emoções não cabem em palavras não mais. é difícil estar feliz, porque não dá pra escrever totalmente, a tristeza me parece mais conhecida.
mas eu vejo é eu própria debruçando sobre o mar. eu própria virando um peixe colorido. eu própria não só vivendo, não só amando.
EU ESTOU EM DELÍRIOS comigo mesma, com o 9. com o corpo humano com o meu corpo humano. com meus cabelos, com a minha cabeça, com o meu mar, ai esse então, tá sempre delicious, verde gostoso. quero abraçar o mar e você, quero abraçar o mar e você juntos e dormir assim colada nos dois.
e sentir o cheiro dos lírios que mamãe comprou. e conversar sobre o amor com papai. e sorrir tanto que a boca se abre sangra rindo. e amar a tudo, até o quibe de forno natureba que estou comendo. amar até o pedaço de chão e a mulher que passou com o filho embaixo da minha janela

terça-feira, 17 de março de 2009

que Sol

Quero justamente debruçar no mar justamente como ela fez no poema de Murilo. quero justamente debruçar da janela no meu mar calminho e azul, e verde. E debruçar de cabeça para baixo, e sentir as pontas do meu cabelo molharem, uma a uma. e depois sentir a temperatura da água no meu corpo, e sentir a roupa colar no meu corpo. continuando a descer, sem esforços até o fundo fundinho. dessa vez não vou boiar nua, pelo contrário completamente contrário. hoje estou com tanto calor, mas tanto calor que até o frio me percorre. acho que calafrio é uma mistura dos dois mesmo no nome. e então eu sinto mil calafrios quando você aparece, e, (in)felizmente esqueço tudo na hora em que você me chama. Que merda! Ela não gosta de se apaixonar assim. ela não gosta de admitir um amor, uma paixão. E você me ensinou a não ser eu mesma nessas horas de dizer o que sou!!! é tão ruim não saber

quarta-feira, 11 de março de 2009

Assim

Assim como as borboletas têm de voar, as portas têm de fechar. que porta eu quero fechar, eu me pergunto. seguro na barra com delicadeza, é apenas um apoio; enche a caixa toráxica, expandindo, contrai o abdome e põe a virilha lá em cima. 5 6 7 8.
do you use to hear my favorite songs? she says.

hoje está um longo dia de seguimentos de vida. estou toda cortadinha. preciso de uma cola. assssssssssssssopra.
e aí ao fim do dia caminhamos, como sempre foi, não é? A brisa fresca bate no cabelo, que bate na cara e insiste em tocar na minha língua. e meus dentes tocam piano, tocam no piano uma linda valsa. um filme passa atrás dos dentes e eu ainda nem sei o final, como não sei o final de nada, porque sempre calha de acabar a luz no fim de todo o filme.
Não quero que acabe a luz do fim do filme.

segunda-feira, 2 de março de 2009

please don't read this, boy.

Hey, ok. i'm pleased to meet you, yeah, ill always be.
really, when you said it, i just felt like a nightmare, duno why, honey
maybe just because it was nothing more than this that made us closer.
so far but so near, we're always like this.
so, ahm... i could use those songs, it would be perfect in my message, something like im lost without u and use me holly.
but no i cant just 'use' it. i wanted me to write those things, not mark, or tom.
but it happens. so
like violence you have me, forever and after.
please dont read this, boy.

domingo, 1 de março de 2009

Resposta

Olha, como eu não sei dizer, e sim vomitar palavras
vomitar de um jeito menos fácil
de um jeito mais pessoal,
eu prefiro, ao invés de só jogar as palavras em ti
colar uma por uma na sua face
ler o teu olhar lendo as palavras que eu lhe apresento.
talvez por não ser acostumada a ter em mim a marca da boa presença
da boa comunicação, da qualificada escritura
me surpreendo ao ver-te falando em como gostas de ler-me.
quando venho escrever e dou de cara com você, fico esperando nas suas palavras
uma aprovação. não sei até onde isso é bom,
mas além de escrever porque sinto que preciso, sabendo que você vai estar aqui pra ler, minha vontade sempre cresce. o que sei é
que não sei lidar com a aprovação, embora goste dela. (normal, toda relação é assim)
isso é muito confuso.
mas pela primeira vez eu consegui escrever algo bem objetivo nesse blog.
hehehe, beijos