Eu tenho um poeta. Ainda não sei como ele escreve, se vai do papel ao impresso, ou direto da máquina. Mas a mim isso não interessa, porque o interessante é ler meu poeta. Ele escreve muito sobre a vida, que nem eu. Só que o que eu escrevo só toca a ele, e o que ele escreve, toca a mil. Meu poeta usa muitas metáforas, mas isso deve ser comum. Não importa, eu adoro as metáforas do meu poeta. E não se irrite se eu insisto em chamá-lo de meu. É que tem algo que me embaraça: acho que ele escreve só para mim. Tudo o que leio do meu poeta, sempre me parece dedicado exclusivamente a mim. Deve ser porque eu só escrevo no intuito de ser lida por ele. Um dia, me falou, vamos escrever juntos! E sabe que não parei de sonhar com essa hipótese? (como toda a hipótese)
Agora, tem algo que preciso confessar: ele, de fato, não existe. Existe sim, um poeta, mas a história não é essa. É só uma questão de compreensão dos fatos... ;)
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Um comentário:
ainda tenho que procurar por Rhineland para ler e comentar...
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