quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

ciclo meu

E é aqui que se completa mais um ciclo, fechando idéias, iniciando com outras...
É aqui também que muitos pensamentos se fortificam, se adentram em mim, às vezes, sem serem bem-vindos. Mas é aqui que faço 17 verões e em todos eles chorei. e em todos eles sorri. Graças à não-sei-quem, estou aqui. Estou aqui e vivo, e sinto, e penso, e, portanto, existo, de fato!
Engraçado olhar de cima da escada, ou do final da linha do tempo. Engraçado deixar a mente percorrer as memórias e deixar que todos os sentidos aflorem à pele. deixar escorrer aquela gotinha da chuva, quando não há chuva. Engraçado que no dia em que menos me vi ansiosa, no qual eu menos me preocupei, no qual consegui dormir duas, três vezes sem acordar por mim. Nesse dia é que não choveu, pela primeira vez em dezessete verões!? Vê só...
E é quase uma lição de ciclo. Uma lição que sempre tomei, mas que a cada vez adentra em mim. É preciso aceitá-la, aceitar a não ansiedade que tanto fez parte de mim. E então eu vejo aquilo que ela me disse: movimentos calmos, diferente do que costumávamos ver. O tempo que fiquei só, acho que nele eu me conheci. Se sofri, talvez tenha sido por pura ansiedade. Talvez eu nem tivesse no que pensar.
Mas foi só UM passo, pois ainda tenho muitos a dar. Caminhar pela vida, sem ansiedade, mas com muita, muita força de vontade. Uma vida com sal.

Um comentário:

Júlia Borges disse...

Primeiramente: parabéns!
Com ou sem ansiedade, diversos ciclos se completarão por longo de tantos outros verões, primaveras, invernos e outonos. Que chova ou seja árido, mas é imprescindível continuar a caminhada. Desejo que esta seja longa na medida e merecedora de toda a sua vontade. Com felicidades e infelicidades, completa, enfim, temperada!

Parabéns!