Não sei mais o que é que acontece em meus sonhos. Meus sonhos são o mesmo que viver, porque acordo muito cansada, vontade de descansar outra vez. Não sei o que me persegue, só sei que sonho muito, e são longos, e cheios de ação. E em todos eu vejo relação com a vida real, já sonhada. Acontece que eu durmo e continuo pensando demais, quando eu achava que dormir era pra dencansar... que tola!
Meu presente me persegue pra me condenar a não sei o que, só sei que cansei, e que preciso muito viver sem sonhar pra ver se eu invirto logo a história toda. vai ver que um dia eu vou dormir profundamente e viver aquela vida da menina que acordou sem saber quem era, trocou de nome. quem sabe um dia eu acorde no lugar de Hilde, que tem suas cartas a/c de Sofia. Talvez um dia eu abra a porta e veja o jardim, a caverna de Sofia... Quem sabe?
Talvez a vida que eu estou vivendo não é de fato minha. mas até que eu gosto
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
ciclo meu
E é aqui que se completa mais um ciclo, fechando idéias, iniciando com outras...
É aqui também que muitos pensamentos se fortificam, se adentram em mim, às vezes, sem serem bem-vindos. Mas é aqui que faço 17 verões e em todos eles chorei. e em todos eles sorri. Graças à não-sei-quem, estou aqui. Estou aqui e vivo, e sinto, e penso, e, portanto, existo, de fato!
Engraçado olhar de cima da escada, ou do final da linha do tempo. Engraçado deixar a mente percorrer as memórias e deixar que todos os sentidos aflorem à pele. deixar escorrer aquela gotinha da chuva, quando não há chuva. Engraçado que no dia em que menos me vi ansiosa, no qual eu menos me preocupei, no qual consegui dormir duas, três vezes sem acordar por mim. Nesse dia é que não choveu, pela primeira vez em dezessete verões!? Vê só...
E é quase uma lição de ciclo. Uma lição que sempre tomei, mas que a cada vez adentra em mim. É preciso aceitá-la, aceitar a não ansiedade que tanto fez parte de mim. E então eu vejo aquilo que ela me disse: movimentos calmos, diferente do que costumávamos ver. O tempo que fiquei só, acho que nele eu me conheci. Se sofri, talvez tenha sido por pura ansiedade. Talvez eu nem tivesse no que pensar.
Mas foi só UM passo, pois ainda tenho muitos a dar. Caminhar pela vida, sem ansiedade, mas com muita, muita força de vontade. Uma vida com sal.
É aqui também que muitos pensamentos se fortificam, se adentram em mim, às vezes, sem serem bem-vindos. Mas é aqui que faço 17 verões e em todos eles chorei. e em todos eles sorri. Graças à não-sei-quem, estou aqui. Estou aqui e vivo, e sinto, e penso, e, portanto, existo, de fato!
Engraçado olhar de cima da escada, ou do final da linha do tempo. Engraçado deixar a mente percorrer as memórias e deixar que todos os sentidos aflorem à pele. deixar escorrer aquela gotinha da chuva, quando não há chuva. Engraçado que no dia em que menos me vi ansiosa, no qual eu menos me preocupei, no qual consegui dormir duas, três vezes sem acordar por mim. Nesse dia é que não choveu, pela primeira vez em dezessete verões!? Vê só...
E é quase uma lição de ciclo. Uma lição que sempre tomei, mas que a cada vez adentra em mim. É preciso aceitá-la, aceitar a não ansiedade que tanto fez parte de mim. E então eu vejo aquilo que ela me disse: movimentos calmos, diferente do que costumávamos ver. O tempo que fiquei só, acho que nele eu me conheci. Se sofri, talvez tenha sido por pura ansiedade. Talvez eu nem tivesse no que pensar.
Mas foi só UM passo, pois ainda tenho muitos a dar. Caminhar pela vida, sem ansiedade, mas com muita, muita força de vontade. Uma vida com sal.
domingo, 14 de dezembro de 2008
ouça Rhineland enquanto lê:
Eu tenho um poeta. Ainda não sei como ele escreve, se vai do papel ao impresso, ou direto da máquina. Mas a mim isso não interessa, porque o interessante é ler meu poeta. Ele escreve muito sobre a vida, que nem eu. Só que o que eu escrevo só toca a ele, e o que ele escreve, toca a mil. Meu poeta usa muitas metáforas, mas isso deve ser comum. Não importa, eu adoro as metáforas do meu poeta. E não se irrite se eu insisto em chamá-lo de meu. É que tem algo que me embaraça: acho que ele escreve só para mim. Tudo o que leio do meu poeta, sempre me parece dedicado exclusivamente a mim. Deve ser porque eu só escrevo no intuito de ser lida por ele. Um dia, me falou, vamos escrever juntos! E sabe que não parei de sonhar com essa hipótese? (como toda a hipótese)
Agora, tem algo que preciso confessar: ele, de fato, não existe. Existe sim, um poeta, mas a história não é essa. É só uma questão de compreensão dos fatos... ;)
Agora, tem algo que preciso confessar: ele, de fato, não existe. Existe sim, um poeta, mas a história não é essa. É só uma questão de compreensão dos fatos... ;)
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
treva, desta vez não é branca
o sangue pinga cada vez mais rápido. todos em volta se perguntam porque teve de acontecer logo agora, no fim do ano, quando o que se espera é paz, amor, alegria.
com ela foi tudo ao contrário. Cheio de altos e baixos, esse ano; pensou. mas logo se deu conta de que tudo era baixo, e mais baixo ainda, ou um pouquinho menos baixo. não se viu completa em nenhum momento desses 12 meses. E no fim de tudo, agora eu quero é virar pó. mas dessa vez foi sério o querer virar pó. resolveu, como se desse pra ser assim, que odiava toda a sua família, a futilidade pela qual estava cercada. Por isso prefiro virar pó, melhor do que ser espancada pela próxima família, ou pelos livros, ou por mim mesma.
não parece um drama qualquer? a menina angustiada que virou pó? parece. mas não é exatamente um qualquer, não do meu ponto de vista. esse drama está cada vez maior, e o buraco cada vez vai puxando mais, sugando mais pra dentro dele toda a capacidade de raciocínio. se alguém enlouquecer a culpa é do buraco. e a culpa da presença (onipresente) do buraco, de quem será?
com ela foi tudo ao contrário. Cheio de altos e baixos, esse ano; pensou. mas logo se deu conta de que tudo era baixo, e mais baixo ainda, ou um pouquinho menos baixo. não se viu completa em nenhum momento desses 12 meses. E no fim de tudo, agora eu quero é virar pó. mas dessa vez foi sério o querer virar pó. resolveu, como se desse pra ser assim, que odiava toda a sua família, a futilidade pela qual estava cercada. Por isso prefiro virar pó, melhor do que ser espancada pela próxima família, ou pelos livros, ou por mim mesma.
não parece um drama qualquer? a menina angustiada que virou pó? parece. mas não é exatamente um qualquer, não do meu ponto de vista. esse drama está cada vez maior, e o buraco cada vez vai puxando mais, sugando mais pra dentro dele toda a capacidade de raciocínio. se alguém enlouquecer a culpa é do buraco. e a culpa da presença (onipresente) do buraco, de quem será?
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Há muito tempo tento
depreender, entender, sacar
sua compreensão sobre todo o meu ser
No sentido de se entrelaçar
em minhas palavras trechos ver
perfeito sentido exato existente
no que percorre da vida pelo corpo.
Há muito tempo tento
e jamais terei-me respondida
apenas a me indagar por meus desejos fixada
e aficcionada.
Vai ver a minha linha se deu nó foi na sua
se achou pelo mundo tipo cara metade
um terço, três quartos!
Não: páro por aqui o sonhar desta vida
vida que nunca será de fato vivida
e que só se encontra nos grãos daquele chá.
No entanto, tento há tanto tempo
sacar, entender, depreender
esta tua sacação entendimento compreensão
por dentro de minhas razões irracionais
que não pretendem caminho algum, desde que seja consoante.
Caminho harmonioso florido repleto de sins e de nãos.
Sejam caminhos sem linha, caminhos ponto-em-cruz, sejam apenas os meus caminhos:
que me levem ao fim, tendo eu degustado de todo o prazer existente.
Nunca mais quero tentar entender esse seu entendimento, sacação.
Vou deixá-lo viver, porque em ti acabo por me prender
e a mim tu pareces segurar.
depreender, entender, sacar
sua compreensão sobre todo o meu ser
No sentido de se entrelaçar
em minhas palavras trechos ver
perfeito sentido exato existente
no que percorre da vida pelo corpo.
Há muito tempo tento
e jamais terei-me respondida
apenas a me indagar por meus desejos fixada
e aficcionada.
Vai ver a minha linha se deu nó foi na sua
se achou pelo mundo tipo cara metade
um terço, três quartos!
Não: páro por aqui o sonhar desta vida
vida que nunca será de fato vivida
e que só se encontra nos grãos daquele chá.
No entanto, tento há tanto tempo
sacar, entender, depreender
esta tua sacação entendimento compreensão
por dentro de minhas razões irracionais
que não pretendem caminho algum, desde que seja consoante.
Caminho harmonioso florido repleto de sins e de nãos.
Sejam caminhos sem linha, caminhos ponto-em-cruz, sejam apenas os meus caminhos:
que me levem ao fim, tendo eu degustado de todo o prazer existente.
Nunca mais quero tentar entender esse seu entendimento, sacação.
Vou deixá-lo viver, porque em ti acabo por me prender
e a mim tu pareces segurar.
Assinar:
Postagens (Atom)