vou escrever sem as palavras das quais me utilizo: sem posto, sem pois, que sou, que eu? ai como me confundo! me utilizo de tantas palavras repetidas. vou ler um dicionário. talvez assim minha frase não se ache mais importante que a palavra. e talvez assim toda aquela coisa de fingir que rotula garrafas, escape, sangre das minhas mãos, que abrem-se em estrela, querendo subir. vou ler um dicionário, estrela criança que diz. vou crescer e não vou dizer mais estrela. não quero um nexo desconexo: eu quero é dizer aquilo que sinto. e as palavras que saem desimportantes estão desconexas e por isso não formam o coerente(?) pra mim está cosendo. como os pontos que dou com a agulha e faço um lindo vestido de estrelas pra mim... eu que jurei crescer prefiro ficar de pé. se eu me esticar um pouquinho posso alcançar. posso posso eu vou alcançar a estrela!
e um dia a menina que se dizia menina e que se dizia adulta, que se dizia madura e infantil, que se dizia desumana com seus ódios, e humana com sua solidariedade, um dia a menina que se dizia triste, mas se mostrava feliz, subiu tanto, tanto, a sua escada de casa, que quando parou não parou mais. e continuou subindo desde, digo, até o fim do infinito. a menina, tadinha, era a estrela criança que queria crescer. era a crescida que queria ser estrela. era a estrela que queria ser criança
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