Logo de manhã cedo ou à tarde, não interessa a hora - é quando a gente acorda - tu és um beijo; em seguida, levantamos e tomamos café da manhã como se não nos conhecêssemos; e na hora do almoço nos odiamos, travando uma sangrenta luta de garfos e facas, e, após o almoço, estamos mortos. Quando acordamos de nossa morte profunda, provocamos um ao outro; à noitinha procuro chamar sua atenção e fingimos que não nos queremos. No ápice da noite tu és um guerreiro por meu coração e trocamos flechadas pelos olhos. Você me beija ou eu te beijo; e durante toda a madrugada somos raposas sem sono e, quando dormimos, o fazemos como um grande nó, entrelaçados. De manhã ou à tarde, não interessa a hora - é quando a gente acorda - tu és um beijo.
(Dezembro de 2007, quando calu ainda não havia me encontrado)
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