Se chover eu juro me tranco do lado de dentro do mundo.
se chover eu juro me destranco por dentro de mim e finjo que sou de órgãos soltinhos.
se chover eu juro que não me obedeço a nada ou me boicoto, crio a verdade para a minha própria beleza sonhada, inerte no momento.
eu juro eu juro eu juro
eu juro tanto que nem mais me acredito, não aceito qualquer desculpa, não quero nada que não seja reaproveitado.
vou reciclar uma velinha que já apaguei na noite anterior. se ela já desfez, que faz?
sobra o pavio de mim. sobra o pavio de mim.
à espera de uma cama sem fim, deito-me no chão. deito sem ansiedade de cama alguma. quero sentir melhor o enjôo de todos os dias.
se como é por ansiedade pura. nem estou com fome e logo ataco um cachorro. e admito que me desobedeço em pensamento.
sabe o que eu tô fazendo? tô tramando idéia aqui dentro.
idéia mais do monstro que nos come de um bocejo: o tédio.
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